Constância Honorata Cerioli, nasceu em 28 de janeiro de 1816 em Soncino (Cremona –Italia). De família nobre, recebeu a primeira educação em casa e em seguida como interna no Mosteiro da Visitação em Alzano Lombardo.
Aos 19 anos casou-se com Caetano Busecchi Tassis, de 58 anos. Deste matrimônio nasceram 4 filhos, três morreram logo, enquanto o segundo, Carlos viveu até os 16 anos. Em 1854 morreram o filho e o esposo. Neste momento de dor, a partir de um grande processo de discernimento, aconteceu uma transformação radical em sua vida. Contemplando Maria aos pés da cruz, Constância entendeu o valor da maternidade espiritual e, relembrando as palavras do filho Carlos no momento da morte: “Mãe, não chore, o Senhor lhe dará muitos outros filhos”.
Ela mãe sem filhos, é iluminada pelo mistério de nossa Senhora que junto à cruz, ouve de seu Filho Jesus, morrente: “Mulher eis o teu filho”, e se abre a uma nova maneira de viver como mãe, acolhendo e se deixando guiar em sua vocação materna pelos apelos de Deus nos filhos sem mãe e sem esperança de futuro, especialmente da classe camponesa.
Abandonando os privilégios da sua condição nobre, em 1857 assumiu o nome de Irmã Paula Elisabete, consagrando-se totalmente a Deus e acolhendo em seu palácio meninas pobres e órfãos, dando início ao Instituto das Irmãs da Sagrada Família. Em 1863 conseguiu realizar seu grande desejo de iniciar uma obra também para os meninos pobres do campo, dando início à Congregação dos irmãos e padres da Sagrada Família. Na total doação de si, a condessa Constância tornou-se a simples irmã Paula Elisabete, vivendo em suas casas, com suas irmãs, irmãos e filhos de maneira pobre com os pobres.
Morreu na véspera do natal de 1865, aos 49 anos de idade, deixando um grande exemplo de vida cristã. Suas obras cresceram e a seu exemplo, seus seguidores inspirados pela espiritualidade da Sagrada Família, são chamados à missão de evangelizar e educar, para comunicar a todos a paternidade e maternidade de Deus que a todos ama e quer feliz.
Paula Elisabete foi proclamada bem-aventurada, pelo Papa Pio XII em 1950 e aos 16 de maio de 2004, João Paulo II a declarou Santa.